domingo, 25 de novembro de 2012

Capítulo 8: “Porquê é que me fizeste isto?!”



Eu fiquei quieta tanto a olhar para os meus pais como para o Nicolás, eu não sabia qual era a atitude mais correta a tomar mas tinha que tomar alguma nem que fosse a mais disparatada! Pensei e repensei no que fazer ao mesmo tempo que eles se aproximavam de mim, eu estava em pânico, e o meu namorado deu-me a mão apertou-a, ele não sabia quem eles eram mas pela minha reação não era difícil prever, dei-lhe um beijo na face e sorrimos cumplicemente. Quando eles estavam mais próximos de mim levantei-me e o Nico fez o mesmo, cumprimentei-os com dois beijos e o Nico deu dois beijos á minha mãe e cumprimentou o meu pai com um “passou-bem” e eu falei:
-Olá pai! Olá mãe! Está tudo bem convosco?
-Sim filha, está tudo e contigo? Já vi que estás bem acompanhada…-disse a minha mãe sorrindo e o Nico corou, ele não é muito disso, mas na posição em que a minha mãe o colocou era o mais natural.
-Desculpem nem vos apresentei… Pais é o meu amigo Nico, Nico estes senhores são os meus pais.- Sorri tentando disfarçar o nervoso miudinho.
 -Rita, escusas de tentar disfarçar que nós vimos que vocês não são só amigos.- O meu pai era bastante direto e desta vez não foi exceção. Senti quase um balde de água fria a cair sobre mim e a reação do meu amor foi dar-me a mão e apertá-la, olhamo-nos cumplicemente e a minha mãe falou:
-Filha, eu e o teu pai já tivemos a vossa idade. Compreendo que não nos quiseste apresentar mas nós vimos logo tanto pelo vosso sorriso e porque já te conhecemos amor.- Eu corei mas lá respondi:
-Desculpem mas eu não sabia o que fazer não esperava ver-vos aqui, e muito menos sem o Diogo.
-Quem é o Diogo princesa?-finalmente o Nico teve coragem para falar.
-É o meu irmão amor.
-Meninos têm planos para o almoço? Porque trouxe ali comida suficiente para muitos porque era suposto vir o teu irmão e um amigo. Já agora não era suposto estares com a tua prima? Já sabes como é a tua tia.- Disse a minha mãe e o meu pai apenas sorria porque achou imensa piada ao facto de conhecer o meu namorado.
-A única coisa que vos posso dizer é que ela está acompanhada e muito bem acompanhada!-sorri e a minha mãe partilhou o sorriso, o meu pai não entendeu e o Nico fez beicinho claro que não lhe resisti e dei-lhe um beijo rápido nos lábios que foi mais um encosto do que propriamente outra coisa.
Fomos todos para onde seria o nosso almoço e divertimo-nos, o meu pai conseguiu colocar o Nico bastante á vontade devido ao facto de ser bastante divertido, a minha mãe sempre muito acolhedora e claro ele deixou-se levar e eu fiquei extremamente orgulhosa de gostarem tanto dele, afinal eles eram os meus pais e ele era o meu namorado, o rapaz que fazia bater o meu coração a um ritmo impressionante. As horas seguintes passaram a correr e já perto da hora do lanche os meus pais informam-me que querem ir embora, e eu compreendo e o Nico fica um pouco triste porque a conversa estava a correr fantasticamente, nunca pensei que corresse tão bem sinceramente!
Eles dão-nos boleia até casa do meu namorado, eu entendi que o meu pai não achou muita piada a ficarmos sozinhos ainda por cima em casa dele mas eu sou obrigada a mentir e digo que na casa estava a Qeu e um amigo do Nico, quer dizer não era bem mentira… Eu simplesmente não sabia se era verdade! Entramos em casa e deparamo-nos que a casa estava vazia e eu encorajo-o a irmos novamente até á piscina, local onde tudo aconteceu, não namorávamos desde a hora de almoço e eu sinceramente tinha saudades dele e ele minhas, enquanto isto acontecia eu notava o desejo dele mas fazia tudo para o evitar e para não me pôr incomodada mas aquilo já me estava a enervar e decido tomar uma atitude talvez de cabeça quente mas foi o que pensei. Separei os nossos lábios enquanto ele me agarrava na cintura, estávamos deitados em cima da espreguiçadeira e eu agarrava-o no peito, ele fazia sentir-me bem mas eu não suportava aqueles pensamentos e decidi cometer um crime, sim mas parece que foi isso que fiz, foi um dos maiores erros da minha vida mas na altura pareceu-me a atitude mais correta. Assim que o digo é que entendo a gravidade da situação, ele fica pálido a olhar para mim… Pois bem eu decido terminar o nosso romance:
-Nico para por favor!-ele separa os nossos corpos que estavam colados. -Eu não consigo mais com isto! Quero terminar a nossa relação, para nosso bem!-assim que digo isto sinto um balde de água fria a cair sobre mim mesma e começo a chorar, ele também o faz, senta-se direito no banco e pergunta:
-Porquê Rita? Não me amas? Porque é que me fazes sofrer assim?

Porque é que será que Rita terminou a relação com o Nico?
Qual será a resposta dela? Será que existe uma hipótese de recomeçarem o romance?

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