Eu
fiquei quieta tanto a olhar para os meus pais como para o Nicolás, eu não sabia
qual era a atitude mais correta a tomar mas tinha que tomar alguma nem que
fosse a mais disparatada! Pensei e repensei no que fazer ao mesmo tempo que
eles se aproximavam de mim, eu estava em pânico, e o meu namorado deu-me a mão
apertou-a, ele não sabia quem eles eram mas pela minha reação não era difícil
prever, dei-lhe um beijo na face e sorrimos cumplicemente. Quando eles estavam
mais próximos de mim levantei-me e o Nico fez o mesmo, cumprimentei-os com dois
beijos e o Nico deu dois beijos á minha mãe e cumprimentou o meu pai com um
“passou-bem” e eu falei:
-Olá
pai! Olá mãe! Está tudo bem convosco?
-Sim
filha, está tudo e contigo? Já vi que estás bem acompanhada…-disse a minha mãe
sorrindo e o Nico corou, ele não é muito disso, mas na posição em que a minha
mãe o colocou era o mais natural.
-Desculpem
nem vos apresentei… Pais é o meu amigo Nico, Nico estes senhores são os meus
pais.- Sorri tentando disfarçar o nervoso miudinho.
-Rita, escusas de tentar disfarçar que nós
vimos que vocês não são só amigos.- O meu pai era bastante direto e desta vez
não foi exceção. Senti quase um balde de água fria a cair sobre mim e a reação
do meu amor foi dar-me a mão e apertá-la, olhamo-nos cumplicemente e a minha
mãe falou:
-Filha,
eu e o teu pai já tivemos a vossa idade. Compreendo que não nos quiseste
apresentar mas nós vimos logo tanto pelo vosso sorriso e porque já te
conhecemos amor.- Eu corei mas lá respondi:
-Desculpem
mas eu não sabia o que fazer não esperava ver-vos aqui, e muito menos sem o
Diogo.
-Quem
é o Diogo princesa?-finalmente o Nico teve coragem para falar.
-É
o meu irmão amor.
-Meninos
têm planos para o almoço? Porque trouxe ali comida suficiente para muitos
porque era suposto vir o teu irmão e um amigo. Já agora não era suposto estares
com a tua prima? Já sabes como é a tua tia.- Disse a minha mãe e o meu pai
apenas sorria porque achou imensa piada ao facto de conhecer o meu namorado.
-A
única coisa que vos posso dizer é que ela está acompanhada e muito bem
acompanhada!-sorri e a minha mãe partilhou o sorriso, o meu pai não entendeu e
o Nico fez beicinho claro que não lhe resisti e dei-lhe um beijo rápido nos
lábios que foi mais um encosto do que propriamente outra coisa.
Fomos
todos para onde seria o nosso almoço e divertimo-nos, o meu pai conseguiu
colocar o Nico bastante á vontade devido ao facto de ser bastante divertido, a
minha mãe sempre muito acolhedora e claro ele deixou-se levar e eu fiquei
extremamente orgulhosa de gostarem tanto dele, afinal eles eram os meus pais e
ele era o meu namorado, o rapaz que fazia bater o meu coração a um ritmo
impressionante. As horas seguintes passaram a correr e já perto da hora do
lanche os meus pais informam-me que querem ir embora, e eu compreendo e o Nico
fica um pouco triste porque a conversa estava a correr fantasticamente, nunca
pensei que corresse tão bem sinceramente!
Eles
dão-nos boleia até casa do meu namorado, eu entendi que o meu pai não achou
muita piada a ficarmos sozinhos ainda por cima em casa dele mas eu sou obrigada
a mentir e digo que na casa estava a Qeu e um amigo do Nico, quer dizer não era
bem mentira… Eu simplesmente não sabia se era verdade! Entramos em casa e
deparamo-nos que a casa estava vazia e eu encorajo-o a irmos novamente até á
piscina, local onde tudo aconteceu, não namorávamos desde a hora de almoço e eu
sinceramente tinha saudades dele e ele minhas, enquanto isto acontecia eu
notava o desejo dele mas fazia tudo para o evitar e para não me pôr incomodada
mas aquilo já me estava a enervar e decido tomar uma atitude talvez de cabeça
quente mas foi o que pensei. Separei os nossos lábios enquanto ele me agarrava
na cintura, estávamos deitados em cima da espreguiçadeira e eu agarrava-o no
peito, ele fazia sentir-me bem mas eu não suportava aqueles pensamentos e
decidi cometer um crime, sim mas parece que foi isso que fiz, foi um dos
maiores erros da minha vida mas na altura pareceu-me a atitude mais correta.
Assim que o digo é que entendo a gravidade da situação, ele fica pálido a olhar
para mim… Pois bem eu decido terminar o nosso romance:
-Nico
para por favor!-ele separa os nossos corpos que estavam colados. -Eu não
consigo mais com isto! Quero terminar a nossa relação, para nosso bem!-assim
que digo isto sinto um balde de água fria a cair sobre mim mesma e começo a
chorar, ele também o faz, senta-se direito no banco e pergunta:
-Porquê
Rita? Não me amas? Porque é que me fazes sofrer assim?
Porque
é que será que Rita terminou a relação com o Nico?
Qual
será a resposta dela? Será que existe uma hipótese de recomeçarem o romance?
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