segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 10: Apresentações Part1



Acordo de manhã mas não sinto o Nicolás, os seus braços envoltos na minha cintura e o seu toque que me deixa delirar, a cama estava fria e era demasiado grande só para mim, bem que me mexo e remexo na cama na esperança de o meu namorado lá estar, na esperança que estivesse na ponta mais distante da cama mas nada, senti-me só, e um vazio e uma solidão preencheram o meu coração: como é que ele me deixou depois do que fizemos?! Sento-me na cama e começo a chorar, puxo as poucas mantas que cobriam o meu corpo até junto da minha face para limpar as minhas lágrimas, eu não merecia e precisava tanto dele, mas tanto! Precisava de me sentir amada novamente e pego na almofada dele para sentir o seu cheiro pelo menos mais uma vez, já que não podia estar com ele, ao menos queria senti-lo uma última vez, e aí consigo ver a carta que ele me deixou e comecei a ler em voz alta, algo que não era muito comum em mim quando estava sozinha mas li-o com um tom que mais parecia o dele e por instantes acreditei que fosse ele que me estivesse a ler, ao ouvido:

“Ritinha, hoje acordei a sorrir e senti-me pela primeira vez o homem mais feliz do mundo, tu estavas do meu lado e conseguia apoiar o meu mundo, sim o meu mundo com as minhas mãos! Senti-me um super herói por instantes, nunca pensei que fosse possível sentir-me assim! Deixas-me nas nuvens, a sonhar contigo noite e dia. Ainda pensei em acordar-te mas não tive coragem, até a dormir és perfeita! Acho que vou perguntar aos teus pais como conseguiram fazer-te deste modo! Tive treino cedo e tive mesmo que ir mas descansa que por volta da hora de almoço estou de volta para os teus braços! Deixei-te o pequeno-almoço já preparado e pronto a comer na cozinha, espero que gostes! Não estou arrependido do que fizemos e espero que também estejas, precisamos de falar mais tarde, espero que esperes por mim para o almocinho! Desculpa se dei algum erro ainda não sei escrever bem em português  :/  Te amo reina <3 Beijo do teu namorado muito apaixonado Nico Gaitán J

Depois de ler a carta sorri mas um sorriso bem rasgado, suspirei bem fundo e depois disse em voz alta: ele ama-me! Sim, ele não te vai abandonar, ele apenas teve de ir trabalhar, que tonta Ana Rita! Reclamei e reprovei novamente tais pensamentos que se passavam na minha cabeça, ele não te vai abandonar, nunca! Ele ama-te e já te provou que te ama, e vai cada vez provar-te mais isso, esta carta foi mais uma demonstração do que sente e eu vou guardá-la enquanto puder. Fui até ao armário do meu namorado e tirei uma camisola bem grande para me tapar enquanto ia ao jardim guardar o papel na mala. Suspirei imenso e a minha cabeça apenas pensava em nós, nele e claro a t-shirt que tinha vestida dele fazia-me sentir ainda mais o seu cheiro e sentir ainda mais saudades dele, guardei o papel na mala e agarrei nas minhas roupas e fui até ao interior de casa, mais propriamente até ao quarto. Arranjei a cama e coloquei a minha roupa em cima da cama, agarro na minha roupa interior e na t-shirt dele que tinha vestida e vou até á casa de banho do quarto, dispo-me e depois vou até á banheira, não sem antes ligar o rádio, gosto de ouvir música enquanto tomo banho mas quase nunca canto… Mas vezes não são vezes, eu estava nas nuvens e passou uma música que identifiquei logo comigo: Chris Brown Don’t Wake Me Up, canto muito alegremente e sorriu, claro que acabo por demorar imenso tempo no banho muito entretida, entre pensamentos e cantorias, era daquelas vezes que a rádio passava música incrível e que eu adorava e o dia, bem começou bem e eu senti-me bem-disposta mas acima de tudo feliz! Algumas dores típicas apareceram mas nada, nada que eu não superasse, eu amava-o e não estava arrependida do que fiz antes pelo contrário, orgulhava-me de ter demonstrado o que sinto e por ter sido com ele.
Quando saiu do duche, desligo a música, visto a minha roupa interior e a t-shirt, porque hoje estava naqueles dias de me sentir confortável mas ao mesmo tempo ousada, vou até ao quarto e oiço o telemóvel tocar, era o meu pai e atendo logo:
-Olá daddy!- disse eu sorrindo e aos saltitos.
-Ana Rita por onde andas? Com quem estás? Achas normal eu e a tua mãe não sabermos de ti desde ontem á tarde?- o meu pai estava mesmo preocupado e só agora é que entendi que desde ontem que não sabiam de mim era motivo mais do que suficiente para estarem preocupados.
-Já vi que fiz porcaria, senão não me tratavas pelos dois nomes, ui! Estou nas aulas onde é que era suposto eu estar a uma hora destas? E não, não te preocupes que estou bem e viva!-disse sorrindo para tentar acalmar os ânimos e a tensão que havia naquele telefonema, eu bem que compreendia o que eles sentiam mas não queria levar um raspanete.
-Por onde andaste e com quem andaste? Não podias ter mandado uma mensagem ou fazer um telefonema a avisar? Todo o mundo te ligou para saber de ti, estávamos super preocupados! – O tom de voz do meu pai estava mais calmo mas mesmo assim bombardeava-me com perguntas e eu tive claro de as esclarecer.
-Vim até casa do meu namorado e depois do jantar acabamos por adormecer a ver um filme, não vi o telemóvel porque já sabes nunca sei onde é que ele está. Desculpa papi!- Tanta graxa pensei para mim mesma!
-De certeza que foi só isso Rita? Sabes que eu e a tua mãe não gostamos de mentiras mas se o dizes acredito. Queres que te vá buscar à faculdade ou vens de carro? Ou claro vens para casa mais logo?-agora já era mais preocupação típica de pai do que propriamente outra coisa.
-Saiu da universidade e vou almoçar e passar a tarde com o Nicolás, mas prometo que vou ao treino do Diogo e depois vou jantar a casa. Não te preocupes que eu sei perfeitamente que a minha prioridade são os estudos e só depois posso pensar em namoro e aventuras, eu sei pai!
-Então encontramo-nos á hora do treino filha. Sabes da tua prima? A tua madrinha está farta de lhe ligar e ela nada, e olha mais logo não vamos jantar a casa, a tua avó faz anos e vamos jantar ao sítio do costume. Já agora ligas á tua mãe? E se souberes da tua prima depois avisa a tua madrinha por favor.
-Eu vejo da Qeu e digo qualquer coisa á madrinha, tenho de ligar á avó então, esqueci-me completamente! Olha é melhor falares tu com a mãe, porque senão vai reclamar comigo por favor papá!-Lá estava novamente a ser engraxadora.
-Sim filha, eu falo descansa. Liga á tua avó, ela merece apesar de tudo! E olha em relação ao Nicolás já sabes o que acho… Juízo! Mais logo levas-o ao jantar? Eu e a tua mãe gostamos muito dele, nota-se que ele gosta muito de ti e tu dele e o teu irmão ficou com curiosidade em conhecê-lo.
-Sim, vou falar com ele á hora de almoço para ele ir, espero que não se importe de conhecer a pouca família da parte da minha mãe que lhe falta conhecer! Então pai olha tenho que ir… Beijinho e até logo
-Beijinho e até logo. Juizinho e dá cumprimentos da família ao Nico.- Desligamos a chamada e eu fui até á cozinha para preparar o almoço ou então para tomar o pequeno-almoço. Olhei para o relógio e já não era muito longe da hora de almoço então comi qualquer coisa mais leve e comecei a preparar o almoço, como ainda não sei fazer muitas coisas optei por uma coisa simples e leve: batatas fritas e ovos mexidos, sim cheio de calorias mas era rápido e bom e eu não sabia do que é que ele gostava. Arrumei o espacinho que ele tinha preparado para o meu almoço e arranjei a mesa para o nosso almoço. Enquanto estava entretida no fogão e na fritadeira senti uns braços envoltos na minha barriga e um beijo no pescoço, só podia ser o Nico, eu sorriu e viro-me para ele e beijamo-nos, um beijo terno de saudade. Depois ele acabou por se sentar numa cadeira á volta da mesa a meu pedido e servi-nos, depois sentei-me na sua frente e ele disse:
-Vais almoçar nesses modos?-eu fiquei meio perdida naquelas palavras mas decidi ir até ao quarto onde dormi e vestir as calças, depois voltei para a mesa e respondi:
-O meu corpo enjoa-te assim tanto?-foi uma resposta direta mas franca.
-Nada disso, eu adoro o teu corpo! Mas não me sinto á vontade que almoces assim, dá-me vontade de saltar para cima de ti e voltar a chamar-te minha.
-Não precisas de me saltar para cima para me chamares tua porque eu já o sou! E porque não me fazes tua outra vez?- Sim fui malandra e “ataquei-o”, sendo malandra.
-Por mim eu fazia mas quero falar sobre o que aconteceu entre nós ontem. – Ele olhou-me olhos nos olhos, eles eram tão ternos, tão apaixonantes e brilhavam, ele era tão bonito e eu apaixonava-me só pela maneira como ele me olhava. – Porque é que o quiseste fazer?
-Porque tinha e tenho a certeza que eras o homem indicado para o fazer, e porque achei que eras a melhor prova de amor que te podia dar, a melhor maneira de te provar que amo. Já estava preparada e tinha a certeza que remorsos nunca os ia sentir e confiei em ti para não me abandonares. Eu amo-te Osvaldo Nicolás! – Sorrimos mas ele corou e depois coçou a parte de trás da cabeça.
-Oh amor não me chames pelos dois nomes, prefiro Nicolás ou Nico.
-Eu também tenho um primeiro nome que não uso. Mas agora vamos lá comer senão tens de levar com o meu mau humor da fome.- Sorrimos cumplicemente e acabamos de almoçar e combinamos ir passear pelo Freeport e dar uma volta pela Expo ou pelas praias, convidei-o para o jantar e para ir ver o treino do meu irmão, ele aceitou na hora e disse ao meu pai que o jantar e o treino estavam combinados. Depois perguntei-lhe pela Qeu e pelo Garay, afinal ele tinha de ter ido aos treinos, e foi mas a Qeu foi com ele e passaram a noite na praia, sim, dormiram na praia. Nada que não fosse típico da Raquel mas pronto… Liguei-lhe e disse para ligar á mãe e combinei tudo para o jantar e contei-lhe do treino, ela quis ir e combinamos tudo.
Desliguei a chamada e fui até ao Freeport, passeamos sempre de mãos dadas sem medo de demonstrarmos o que sentíamos a olhos vistos, de demonstrarmos a nossa relação, ele acabou por me convencer que levar umas prendas para o jantar não era má ideia, compramos um bolo, depois comprou uma garrafa de vinho para oferecer ao meu pai, um vestido para dar á minha mãe e para o cunhado um jogo para o computador, para a minha avó levou uma mala toda bonita. Ele quis levar mais mas eu impedi-o, só o dinheiro que ele ia gastar nisto! Já no fim das compras ele apaixona-se por uma roupa e decide comprá-la e na mesma loja eu vejo um vestido apaixonante e ele oferece-me, eu não queria por não saber o que dizer, por vergonha e porque não me sentia a vontade mas ele era mais teimoso que eu e saímos da loja muito contentes.
Eu amava-o tanto e aquela prenda foi tão apaixonante, prometi a mim mesma que o surpreendia do mesmo modo, mas uma prenda mais simbólica, claro! Acabamos por passear pela Expo muito contentes, vimos alguns fãs e ele acabou por dar alguns autógrafos e algumas fotografias mas nada que fosse incómodo, até gostava que as pessoas reconhecessem o seu trabalho! A tarde passou a correr e eu decidi ir mais cedo para o treino do meu irmão por muitas razões, o meu irmão ia conhecer o meu namorado e depois ia apresentá-lo á minha avó e a minha madrinha… Um nervoso miudinho corria em mim!

Como correrá a apresentação entre cunhados?
Como correrá a apresentação entre Nico e a avó e madrinha de Rita? Como correrá o jantar?

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