sábado, 5 de janeiro de 2013

Capítulo 19: "Queria Pedir-vos Permissão para Pedir a Rita em Casamento"

Abri a porta do meu prédio e subi até ao andar, ia de mãos dadas com o Nicolás e a mãe dele pouco atrás, um nervoso miudinho corria em mim, na minha sogra o mesmo acontecia, ao contrário do Nico que estava calmo e sereno, aliás sorria de felicidade, já o conhecia suficientemente bem para dizer que não era de nervos mas de um á vontade um pouco estranho. A relação era tão recente mas ao mesmo tempo gostávamos tanto um do outro, vivemos tantas emoções mas será que era cedo a minha sogra conhecer os meus sogros? Ninguém sabe responder a esta questão mas já que surgiu a oportunidade vamos aproveitá-la, não é todos os dias que a minha sogra nos visita! Abri a porta e veio a correr até ao meu lado o meu irmão, deu-me dois beijinhos e disse:

-Olá mana! Estava cheio de saudades tuas! Já vi que trouxeste o meu cunhadinho, não se largam com tanto mel! – Eu e o Nico sorrimos. – E quem é esta senhora que vos acompanha? – Perguntou o meu irmão referindo-se á minha sogra.

-A minha sogra, dona María mas podes chamar-lhe Dona Mi, aliás é assim que prefere. – O meu irmão cumprimentou e eu apresentei-os, seguimos até á sala onde estava os meus pais e o meu irmão, estavam aconchegados no sofá, cobertos com uma manta e uma temperatura bastante agradável na sala. Assim que me viram cumprimentaram-se ora com dois beijos ora com “passou-bem”, sentamo-nos no sofá ao lado da televisão e eu apresentei a minha sogra aos meus pais:

- Mamá, papá les presento a la mujer responsable por el nacimiento de Nico, mi suegra, Dona Mi. (traduzido: Mãe, pai apresento-vos a mulher responsável pelo nascimento do Nico, a minha sogra Dona Mi.)
Sentamo-nos no sofá e começamos a falar, uma conversa bastante animada, perdida entre o espanhol e o português, outras vezes falávamos em inglês, o tempo foi passando e depois de tanta conversa o sono começa a afetar-me, encosto a minha cabeça às pernas do Nico e aos poucos o sono começa a vencer-me, o meu namorado cobre o meu corpo com uma manta, dá-me um beijo na testa e diz aos meus pais:

-Queridos sogros agora que a mulher da minha vida. – Fiquei sem reação não esperava que ele me tratasse assim junto aos meus pais e irmão, mas fingi estar a dormir para ouvir o que se tratava. – Está a dormir queria falar-vos da minha ideia mas primeiro queria pedir-vos permissão para pedir a Rita em casamento. – Gelei. Não foi o meu corpo que gelou mas a minha alma ficou mais petrificada que um iceberg, já tínhamos falado em casamento mas não esperava um pedido, não tão cedo, ainda sou nova, ainda sou muito jovem e a nossa relação só tem 3 meses, o sentimento é muito forte e tanto nos une, já vivemos muito juntos mas não sei estou preparada para este compromisso tão sério e como vejo e tenho conhecimento de muitas pessoas que se casam e mais tarde se divorciam acho que a maior ligação que pode existir entre duas pessoas é mesmo serem pais, porque isso e algo que não dá para desistir, que une duas pessoas para sempre. Mas claro que aceitaria o pedido do Nico, claro que aceito casar-me com ele, e quero muito que esse dia aconteça, que seja tudo perfeito, como sempre sonhei. Ou pela igreja num grande vestido branco, com a igreja com muitas pessoas, e tudo apaixonante, talvez um dos dias mais felizes da minha vida. Ou talvez quando me case pelo registo, isto porque me tenciono casar das duas formas possíveis. Sempre tive o sonho de um filho meu ser o menino das alianças no meu casamento.

-Tu queres casar com a minha filha Gaitán? – Perguntou o meu pai em choque, notei pelo seu tom de voz que estava algo chocado com essa ideia, talvez nunca esperasse que a filha aos 18 anos fosse pedida em casamento.

-Gaitán é aquele rapaz que joga futebol pelo Benfica, eu sou o Nicolás ou Nico. Sim, quero muito casar com a sua filha. – Concluiu o Nico. Não podia ter qualquer tipo de reação porque para todos eu dormia pacificamente, mas aquela notícia cai-a que nem uma bomba para mim.

-Tens a certeza Nicolás? Vocês estão juntos há tão pouco tempo e são tão novos. – Disse a minha mãe que sempre foi cautelosa no que conta aos sentimentos e relações e claro ver a sua filha noiva e mais tarde casada e ainda nem 20 de vida ter vividos.

-Eu amo a sua filha como nunca amei ninguém e vou fazer os possíveis e impossíveis para lhe dar tudo, e para continuarmos juntos e um dia mais tarde dar-vos a feliz notícia que vão ser avós. – O meu irmão que estava ao meu lado tocou na minha perna esquerda que era a única que estava pousada sobre ele, causou-me arrepios, ia ser muito difícil deixar de viver junto ao meu irmão e da minha família para viver uma vida só com o Nicolás, e não só, se ele fosse transferido para outro clube e país como ficaria eu? Deixaria a minha vida para trás e viveria apenas para um “nós”. Significava deixar a minha família, os meus amigos, a minha escola, eu sei que o amo para chegar a esse ponto mas tenho medo que algum dia não resulte e eu fique sem forças para lutar. Mas ao mesmo tempo não aguentava tanta felicidade no meu coração.

-Parabéns Nico, mas olha não é fácil aturar a minha irmã às vezes. – Disse o meu irmão, muito querido como se entende! A preocupação deveria ser dar os parabéns e desejar as nossas felicidades mas não retira um pouco a emoção do momento.

-Não digas isso cunhado, nós gostamos muito um do outro e já tenho isto em mente há alguns dias mas só há pouco tive a ideia exata do que vou fazer. Vai ser algo muito, muito especial. Tenho a vossa permissão sogros e cunhadinho? – Não sabia o que pensar, o que fazer, talvez quisesse abrir os olhos e dizer tudo o que a minha mente e o meu coração me dizia para o fazer mas por outro lado não ia deixar tudo a perder.

-Depois de me prometeres uma coisa tens a minha autorização e penso que também falo em nome da minha mulher. – Abri um pouco o olho esquerdo de maneira a espreitar, e a minha mãe acenou positivamente com a cabeça. O meu pai continuou o seu raciocínio. - Tens de me prometer que vais fazer tudo para a Rita ser feliz, que vais trata-la como merece e que apesar das dificuldades, das fases boas e das fases menos boas nunca a vais abandonar. – O meu pai preocupava-se comigo, eu era a sua única filha e também a mais velha, entendia a sua preocupação e claro só me deixava ainda mais orgulhosa.

-Ainda somos jovens e conhecemo-nos e namoramos há pouco tempo mas eu sei que faria tudo por ela, que vou fazer de tudo para nunca a magoar ou desapontar, que vou lutar até depois da exaustão para que sejamos felizes. Vou amá-la até depois do meu último suspiro, porque o corpo e o meu coração podem parar de viver mas há uma parte de mim que vai ser eternamente da sua filha. Eu amo-a muito.

-Eu prometo que farei tudo pela vossa filha e pelo nosso amor, para sermos felizes até ao nosso último suspiro e que lutarei até á exaustão para sermos felizes.

-Prometo que lutarei até á exaustão pela vossa filha, para fazê-la feliz todos os dias até ao resto da nossa vida! É verdade que estamos juntos apenas há 3 meses e que ainda somos jovens, temos uma vida para viver, temos muito tempo para aprender mas eu gostava que isso acontecesse juntos. Vou amá-la até depois do meu último suspiro, porque o que sinto transborda do meu coração, não me corre nas veias, está marcado no meu coração e na minha pele. – Não entendi o que ele tinha dito com aquelas palavras, por isso abri um pouco os meus olhos de forma a ver o que se passava mas que ninguém entendesse que estava acordada. Ele levantou a manga da sua camisola e mostrou no pulso uma tatuagem com dois trevos de 4 folhas e um coração.


Não acreditei, não acreditava em nada que os meus olhos me demonstravam, não acreditava no que via, tanta felicidade e tanto sentimento que vivia, não era humanamente possíveis, eu não merecia tudo o que aquele homem me dava, me fazia sentir, tudo o que ele simbolizava para mim, aqueles 3 meses foram, pelo que senti e por tudo o que vivi, quase como o início da minha vida. No meu pulso tenho uma tatuagem com um trevo e no meu pescoço anda sempre comigo um colar com um trevo que a minha madrinha deu-me ainda em pequena e que nunca o largo, anda comigo, é com um objeto da sorte mas com muito significado ao mesmo tempo. Com a tatuagem que o Nico tinha feito só podia haver um significado, nada trevo significava um de nós e o coração era e é o sentimento que nos une, tanta felicidade era extraordinária, era uma surpresa tão romântica, tão especial e eu não merecia tudo aquilo…





Aconcheguei a minha cabeça na perna do meu futuro noivo, onde a minha cabeça estava pousada e adormeci. Mas passado pouco tempo acordo com o Nicolás a tocar-me no braço e a minha mãe baixa ao meu lado com um saco ao meu lado. Olhei para ela e sorri, a minha mãe sorri e fala:

-Desculpa acordar-te amor, mas já está a ficar tarde e amanhã vais ter um dia preenchido. O Nico já falou connosco e vais dormir a casa dele mas tem juizinho que não quero ser avó quando ainda tenho idade para ser mãe. – Corei. Não sabia o responder por isso espreguicei-me, levantei a cabeça da perna do Nico e dei-lhe um beijo rápido nos lábios, que nem deu para matar saudades nem de perto ou de longe agradecer pelo pedido que pediu aos meus pais, por tudo o que me fez sentir, viver, amar, por tudo o que ele significava para mim. Agarrei no saco despedi-me dos meus pais, e fui até ao quarto do meu irmão, dei-lhe um beijo na testa e sussurrei-lhe:

-Até amanhã mano. Gosto muito de ti. – Assim que me viro, dou de caras com o Nico, coloca as mãos sobre o fundo das minhas costas e beija-me o pescoço, sorriu e dou-lhe um beijo no canto dos lábios, a intenção era dar-lhe um beijo nos lábios, mas a escuridão daquele quarto impede-me de acertar. Ele sussurra-me:

-Também gosto muito de ti minha futura noiva. – Não sabia o que responder. Beijei-o nos lábios fugazmente, pousei as minhas mãos no seu peito e respondi:

-Estava a falar para o meu mano mas também serve para ti meu futuro noivo. – Acariciei a sua bochecha e depois coloquei o dedo indicador sobre os meus lábios, não queria de forma alguma que ele desconfiasse que tinha ouvido parte da conversa. – Espera aí… Futura noiva? Há alguma coisa que eu não saiba? – Ele sorriu e respondeu:

-Não sei. – Afastou o dedo dos meus lábios e encostou os nossos lábios num beijo calmo mas muito sentido. – Vais ter de esperar para saber. – Fiz beicinho, mas ele sorriu. Fomos de mãos dadas até á porta de casa, despedimo-nos dos meus pais, inclusive a minha sogra que adorou os meus pais. O Nico agarrou no saco e fomos até ao carro. Depois de estarmos prontos, começamos a viagem até casa do meu amor, ou posso dizer babada da nossa futura casa, porque depois do casamento tenciono ir viver com ele. A viagem correu bem, correu rápido, ou melhor, eu mal a vivi, estava com a cabeça num mundo completamente diferente, pensava no meu futuro, no meu casamento, no Nico em tudo, e só despertei quando a minha sogra me tocou no braço e o meu futuro noivo a abrir a porta do lugar onde estava e estender-me a mão para sair.
Sai do carro e o Nicolás abriu as portas até chegarmos ao interior da sua casa, depois de instalarmos a Dona Mi e de nos certificarmos que estava cómoda fomos até ao nosso quartinho, fui até á casa de banho do quarto vestir o pijama, enquanto ele ficava no quarto a vestir-se, um pijama que a mãe lhe deu na Argentina, antes dele se mudar definitivamente para Lisboa, ou seja de se transferir para o Benfica, disse-me ele.  
O pijama que a minha mãe preparou era um tanto ou nada diferente daquele que esperávamos, ou melhor daquilo que queríamos para uma noite passada a dois.
Cheguei até junto do Nico, ele estava com o seu pijama vestido e sorriu-me, deu-me a mão e levou-me até a cama, deitamo-nos em conchinha e ele começou a acariciar-me entre o pescoço, a minha barriga e a fazer-me festas no cabelo, que me causavam arrepios, não porque me soubessem mal mas pelo contrário, porque me sabiam bem demais. Colocou a sua mão sobre o fundo das minhas costas, aquela mão quente sobre o meu corpo sempre frio, ou melhor gélido, que me causou novamente arrepios, as diferenças eram notórias entre ambos, mas de uma certa maneira deixavam-me num á vontade que não era de forma alguma natural, nós completávamos e é a altura perfeita para dizer “os opostos atraem-se”. Voltei-me para ele e colocamo-nos frente a frente na cama, acariciei o seu peito e comecei a beijá-lo, e aquele momento exigia tudo de uma forma diferente, de dar um novo significado ao momento, de dizer “amo-te” de uma forma que não exigisse palavras mas sim uma ação diferente.
Acabamos por nos entregar ao momento, acabei por ceder às suas “investidas”, foi um momento completamente diferente daquele que já tinha vivido apenas uma vez, e com ele do meu lado. Causou mais algumas dores no início mas com toda a calma que reinava no seu coração e com toda a calma típica que ele vivia com o nosso amor acabaram por ser ultrapassadas e dar lugar aquela palavra que descreve todos os momentos de amor vividos a dois: "prazer".
Depois de o fazermos acabamos por adormecer, o Nico prometeu-me que quando saísse de casa me acordaria, e assim o fez. Acordou-me com um beijo nos lábios e disse-me:

-Amor não te trouxe o pequeno-almoço á cama que a minha mãe não deixou, mas trouxe uma caneca de leite com chocolate às escondidas. – Olhei para a mesinha de cabecinha e consegui ver. Dei-lhe um beijo rápido nos lábios e vi-o ir embora, bebi o leite todo e no final pude reparar na mensagem subliminar que vinha no fim, não podia acreditar…


Como irá reagir Rita a este pedido original?
O que será que irá responder? Como irá correr o passeio por Lisboa?

7 comentários:

  1. Aiiiii
    Olá!
    Hum...amei, amei, amei!!!! Bem, tinha razoes para estar ansiosa pelo capitulo! Ai que fofinho. Tanto respeito pela princesa *o*
    Ai agora apenas falta aquele SIMMMMMMMM! :D
    Vá, sabes que quero o proximo!

    Besito
    Ana

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    1. Olá :)

      Claro que tem respeito pela princesa mas não só por ela, também tem pelos papás dela e pelo mano! :b
      Quanto á resposta vão ter mesmo de esperar porque o "sim" nunca é garantido, mas pronto mais não digo calei-me xD

      Beijinhos Rita

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  2. Também quero um pedido de casamento destes. Que fofinho ele é.
    Mas por isto eu não esperava o que era para ser um pedido para ir dormir a casa dele tornou-se um pedido de poder casar com a filha.
    Já não se fazem homens assim.
    Espero o próximo, o mais rápido possível.

    Beijos
    Tânia

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    1. Queres tu e quero eu um pedido destes mas pronto já não se fazem homens assim :c
      O Nico é uma pessoa imprevisível, quem esperava um pedido de casamento após 3 meses de namoro? :O
      A Rita teve pontaria a escolher o homem mas nós também haveremos de ter xD

      Beijinhos Rita

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  3. Hola preciosa :D

    Ainda estou ­:o com o pedido de casamento do Nico! AMEI MUITÃO o capítulo tal como todos os outros que já passaram e de certeza que os que virão me deixaram do mesmo modo, super apaixonada cada vez mais por esta fic.

    Amei a conversa do Nico com os pais da Rita, foi tão fofo em pedir a "mão" da Rita aos pais, amei o facto de o Nico também ter feito uma tatuagem como a da Rita e ainda acrescentar um coração, o que prova ainda mais o quanto ele a ama e a quer na vida dele para sempre.
    Amei o pedido super original do Nico xD E claro que a Ritinha tem de dizer SIM!!!!

    Quero muito rápido o próximo, sff. Sabes bem que os piolhos não aguentam com tanta ansiedade e curiosidade ;)

    Cada vez amo loucamente a tua fic e espero que continues e que nunca desistas dela, porque sem ela já não vivo! *.* (agora fui muito fofinha xD)

    Besos guapíssima
    Beatriz

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    1. Olá mi reina :D

      O Nico é um homem daqueles que já não se fazem! Obrigada :) Ainda bem que estás cada vez mais apaixonada pela fic, faço o que gosto e espero que gostem tanto de lê-la como eu de escreve-la.

      Para a forma original com que fez o pedido tinha de pedir autorização aos sogrinhos. Ela também o ama muito mesmo e pode ser que nos próximos capítulos o prove... Quem sabe?! :b
      Quanto á resposta quem sabe! xD

      O próximo não sei quanto tempo vai demorar a ser postado :c Mas vou tentar tratar o mais cedo possível por causa dos meus afilhados!

      Tenciono nunca desistir dela, foi a minha primeira fic e significa tanto para mim! És uma tonta claro que vives sem ela :$

      Beijinhos, Rita

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